m Xineladas Club: Idas e Vindas #2

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sexta-feira, 4 de março de 2011

Idas e Vindas #2


Capitulo 2: Café, por favor.



            Estava a caminho do trabalho e por algum motivo eu tinha acordado com uma dor de cabeça horrível. Tudo que eu queria naquele momento era uma xícara de café bem forte e silencio. O último, eu sabia que era impossível conseguir, mas por outro lado não custava sonhar.  Faltavam poucos quarteirões para chegar ao escritório quando de repente tropeço em alguma coisa.

Estranha: Ei qual o seu problema?!

Camilla: Nenhum, mas acho que não posso dizer o mesmo de você. Está tudo bem? Machucou-se?

Estranha: Se machuquei? Claro que não! Mas seria muito melhor e para o bem de todos que você olhasse para onde vai ou quem sabe usasse óculos para enxergar melhor.

Camilla: Ei tudo bem. Calma. Me desculpe, mas não vi você. Se você está bem não há motivos também para tanto drama. Deixe-me ajudá-la com esses papeis.

Estranha: Obrigada. Tenho que ir, da próxima preste mais atenção e seja mais educada ok?

            Como assim ser educada? Só comigo que acontecia uma coisa dessas. Se já não bastasse minha dor de cabeça horrorosa tinha que me esbarrar com uma estranha totalmente maluca na rua. Com toda certeza o dia não tinha começado bem e provavelmente o final não seria muito diferente.
           
            Com minha xícara de café em mãos a única coisa que faltava era sentar em minha cadeira e começar o trabalho. Tinha que terminar um artigo sobre o crescimento de oportunidades no setor de prestação de serviços públicos da cidade. Não estava nem um pouco animada com o tema, pelo contrário não sabia mais o que escrever. Apesar disso, meu editor chefe havia me confiado aquele tema e ainda deixou bem claro que confiava no meu potencial para fazer um excelente trabalho. Não tive alternativa a não ser aceitar o tedioso artigo.

Fernando: Bom dia princesa.

Camilla: Bom dia Fernando. Já pedi a você para não me chamar assim, sabe que não gosto.

Fernando: Tudo bem minha flor, como foi sua noite?

Camilla: Qual é? Tirou o dia agora para me infernizar foi? Pare com esses adjetivos carinhosos, não vou mudar de idéia e aceitar o convite para jantar. Não adianta teimar com isso.

Fernando: Tudo bem, eu juro que parei. Apesar de que não desisti ainda de levá-la para jantar.

Camilla: Por favor, tenho que trabalhar Fernando.

Fernando: Tudo bem. Já entendi, não está de bom humor hoje. Mas estou aqui por um motivo maior eu diria.

Camilla: E qual seria?

Fernando: Ficou sabendo que abriram as inscrições para o cargo de pesquisa de campo?

Camilla: Pesquisa de campo? Como assim?

Fernando: Nunca ouviu falar? Você ainda tem muito a aprender flor, mas estou aqui para te ensinar...

Camilla: Não comece, prefiro ficar sem saber então.

Fernando: Como eu dizia... Nosso chefe divulgou hoje cedo e se você não estivesse chegado atrasada teria ouvido, que o cargo de pesquisa de campo está em aberto e que ele selecionará uma pessoa do nosso departamento para preenchê-lo. É a oportunidade de sair do tedioso trabalho de escrever pequenos artigos e alçar vôos para um serviço totalmente arriscado, cheios de aventuras, onde seremos reconhecidos, com mulheres lindas aos nossos pés e o melhor de tudo com um salário bem melhor que o nosso.

Camilla: Que legal. Mas prefiro o trabalho tedioso.

Fernando: Tudo bem retiro a parte de mulheres lindas e acrescento para você homens lindos e musculosos, apesar disso não me agradar, eu sou muito mais eu.

Camilla: Acredite não é isso que me faz rejeitar o cargo. E não será a parte do “sou muito mais eu” que também me fará mudar de idéia quanto ao jantar. Agora se pudermos ser profissionais e você me deixar terminar o trabalho eu ficaria muito grata. Desejo sorte a você quanto ao cargo.

Fernando: Um dia eu ainda consigo princesa, eu ainda conquisto o que há dentro de você.

Camilla: Bom dia para você também.

            Como se existisse algo dentro de mim. Esse algo havia morrido há tempos atrás e eu tinha apagado da memória os tempos de sofrimento. Porque para mim era esse o significado de amar alguém. Sofrimento, desilusão, amarguras e principalmente solidão. Amor não passava de uma ilusão, um sentimento criado na imaginação das pessoas e que de real mesmo não tinha nada. Eu aprendi a viver sem ele e era melhor assim, estava bem melhor sem ele.

            O meu passado tinha nome e sobrenome. Angela Marques, ela era a garota mais linda que eu havia conhecido em toda minha vida. Não apenas linda, mas a pessoa mais incrível em todos os aspectos. Ela me deu o amor e em troca levou toda minha vida. Eu a amava mais que tudo na vida. Mas como poderia exigir amor se nele eu não mais acreditava?

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